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domingo, 3 de agosto de 2014

Sempre olhe adiante

Conta-se que, certa feita, Kalil Abdul Rubbayat peregrinava com todos os seus três seguidores pelo deserto, quando se deparou com um profundo abismo. Diante do olhar de súplica dos discípulos, o mestre, após meditar por um instante, contou-lhes uma estória:
- Meu maior mestre foi um cachorro. Certa vez, eu estava muito sedento e fui até um rio e veio um cachorro. Ele também estava sedento. Ele olhou para o rio e viu outro cachorro, a sua própria imagem, e ficou amedrontado. Ele vinha até a beira e corria para longe, mas a sede dele era tanta que ele sempre voltava. Finalmente, apesar do medo, ele saltou na água e a imagem desapareceu. Então entendi a mensagem: temos sempre que seguir em frente, apesar de todos os medos.
Os discípulos então, saltaram imediatamente no abismo.
E é por isto que ninguém nunca mais ouviu falar de Kalil Abdul Rubbayat.


sábado, 19 de abril de 2014

Paz interior

Certa ocasião, o vizir Salamin, sultão de Khoramabad, sofreu uma insolação, ao viajar pelas areias escaldantes no lombo de seu dromedário favorito. Então, mandou chamar o sábio muezim Al-manak, que vivia em um oásis próximo, na companhia apenas de seus cães infiéis. Após meditar e recitar uma sura do Bhagavad-Gitah por um instante, o sábio mandou dizer ao califa:
- De todas as coisas que o homem pode conquistar, apenas uma será duradoura.
O califa então, inspirado pela grande sabedoria do muezim, se sentiu confortado e seguiu em paz sua viagem.



quarta-feira, 2 de abril de 2014

Luz na noite

Na desconhecida ilha de Nova Papua, existe uma tribo perdida de nômades bosquímanos que tem uma explicação para os conflitos do ser humano. Segundo o mito, o deus Gwara-nah embebedou-se com o suco das folhas de uma árvore que só nasce em Nova Papua, e de um arroto que estremeceu o universo, criou o mundo. Após meditar por um instante, retirou-se para o fundo do oceano, e nas noites de maremoto pode-se ouvir o seu lamento. É nisso que reside a sabedoria milenar daquela tribo.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Tudo está interligado

Os adeptos das religiões orientais, que como se sabe são mais evoluídos que os ocidentais, desprezam totalmente as exigências básicas do corpo físico, dedicando-se de modo integral à espiritualidade. O maior exemplo que dão à humanidade é aquele no qual entregam alimentos nutritivos, como o leite, às divindades representadas pelos ratos que, por serem seus ancestrais reencarnados, se multiplicam aos milhões. Assim, as crianças, após meditarem por um instante, são levadas à morte por inanição, sendo poupadas de uma vida de sofrimentos e regressando ao plano astral mais rapidamente do que se fossem alimentadas pelo precioso leite oferecido aos deuses.